Doenças em gatos: conheça as 12 principais

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Doenças em gatos: conheça as 12 principais

Conhecer as particularidades da espécie felina, que incluem comportamento e principais doenças em gatos é mais do que fundamental, se você é tutor de um.

Como são pets mais “contidos”, em comparação com cães, pode ser difícil identificar sintomas iniciais de quando algo não está certo.

Então quando o comportamento muda, pode ser que a doença já esteja bem evoluída e o risco de morte seja bem maior.

Se você quer proteger seu animalzinho, estude as principais doenças em gatos, para quando qualquer sinal aparecer, já tomar as providências necessárias e evitar complicações.

Como é o comportamento dos gatos?

Os gatos demonstram sentimentos por meio da linguagem corporal e do ronronar. Caso o tutor não seja bom em observação, pode não perceber quando o bichano está incomodado ou com algum tipo de dor e desconforto.

O gato é metódico, e assim realiza tudo sempre igual, se sente confortável realizando suas tarefas e tendo tudo dentro da sua normalidade. Quando algo está ruim, ele muda!

A forma mais comum do gato mostrar que tem algo diferente é a mudança de comportamento. Ou seja: adota uma cadeira ou poltrona que nunca deu bola; urina ou defeca do lado da caixinha de areia ou na cama ou no sofá (o que não é nada comum); deixa de subir em móveis que sempre foram dele; não acompanha mais os tutores na rotina, como na hora do banho ou de fazer o jantar; se esconde em gavetas ou armários diferentes do costume; deita no colo em locais onde não está acostumado; pede colo e nunca foi disso ou deixa de pedir o colo; não ronrona ou ronrona diferente.

O gato muda, discretamente, mas muda!

Conheça as principais doenças em gatos

 

Verminoses Intestinais e Parasitoses 

Causa: Penetração de larvas e hospedeiros de vermes e parasitas através de ingestão de pulgas, carnes cruas e roedores ou picada de mosquitos. Gatas contaminadas também podem transmitir para os filhotes gestantes ou amamentando.

Sintomas: Vômitos, anemia, dor, isolamento (se esconde, evita brincar), diminuição da ingestão de alimento, escolhe alimentos (fica seletivo), saliva quando vê comida, fezes moles, inchaço na barriga.

Prevenção: Higienização dos ambientes com produtos que eliminam cistos e larvas de vermes; uso de coleiras repelentes de mosquitos; não administrar carne branca ou vermelha crua.

Tratamento: Medicamentos antibióticos para felinos, vermifugação, tratamento específico para a causa da anemia.

Micoplasmose

Causa: Bactéria Mycoplasma celulares a Micoplasmose. O agente transmissor é a pulga, mas as mordidas entre gatos e transfusão sanguínea também podem transmitir.

Sintomas: Desidratação, anemia, dores nas articulações, apatia, perda de peso, aumento de temperatura e mucosas de cor amarelada (olhos, patinhas, interior da boca e gengiva), urina escura (tende a cor ferrugem ou avermelhada / marrom). Alguns felinos têm o sistema imunológico comprometido por doenças como FIV e FelV, são os mais acometidos.

A Mycoplasmose pode viver anos no gato sem sintomas e com comprometimento imunológico surgem os sintomas. Até mesmo após a aplicação de uma vacina, apresntam sintomas de uma doença já pré existente.

Prevenção: Evitar saídas de casa para que não corra riscos de infestação de pulga; controle de pulgas com anti parasitários de forma peri[odica,  para gatos que tomam banho em pet shop; testar sangue de doadores antes de qualquer transfusão; testar FIV e FeLv em todos os felinos.

Tratamento: Uso de antibióticos, corticóides (em algumas situações) e correção da anemia (pode ser que necessite de transfusão sanguínea).

 

Peritonite Infecciosa Felina (PIF)

Causa: A transmissão ocorre quando gatos saudáveis entram em contato com fezes contaminadas ou através da mãe na gestação ou amamentação.

A PIF é altamente contagiosa. Porém somente uma pequena parcela dos animais contaminados desenvolvem a doença. Esse quadro pode estar relacionado com a imunidade do gato, stress da separação por tempos muito longos dos tutores.

Sintomas: Perda de apetite, diarreia, emagrecimento progressivo, moleza, desinteresse por brincar ou ter atenção do tutor ou outros animais, abdômen distendido, dificuldade respiratória por acúmulo de liquido no abdome e/ou no toráx, , icterícia (mucosas amareladas), urina gelatinosa e febre constante (não melhora com nenhuma medicação).

Prevenção: Manter o felino dentro de casa; adotar felinos com mais de 9 meses de idade (os sintomas costumas surgir quando filhotes entre 6 e 9 meses de idade ou quado mais idosos (se possível testar sorologicamente os felinos antes da adoção); adotar felinos FIV e FeLv negativos ou positivos desde que tenha o conhecimento dos cuidados necessários; NÃO ADOTAR FELINOS E COLOCAR EM CASA COM OUTROS ANIMAIS SAUDÁVEIS, antes que ele tenha pelo menos 9 meses de idade e assintomáticos.

IMPORTANTE -> O teste sorológico de PIF siginifica que o gato entrou em contato com o vírus e não que apresenta a PIF doença ou que vai manifestar os sintomas.

Tratamento: A PIF é fatal, não tem tratamento e nem vacina preventiva.

 

Vírus da imunodeficiência felina (FIV) ou AIDS felina

A doença tem o comportamento muito semelhante a AIDS humana diminuindo de forma drástica o sistema imunológico, ou seja o gato pode viver com o vírus por anos e não desenvolver a AIDS doença. 

Causa: A conhecida Aids felina é transmitida pela inoculação do vírus, comumente durante brigas de rua, através da saliva do gato contaminado em feridas. 

Sintomas: Emagrecimento, falta de apetite, diarreia, susceptibilidade a infecções secundárias e neoplasias graves. Os sintomas podem ficar ocultos durante muitos anos.

Prevenção: Evitar que o gato saia de casa; animais castrados evitam brigas; não há vacina contra FIV no Brasil; testar todos os felinos para FIV e FeLv.

É importante salientar que a Aids felina não é transmissível para seres humanos e nem a de humanos para felinos. É espécie específica.

Tratamento: Não tem cura, mas é possível reduzir a replicação viral. O tratamento implica em controlar anemias, tumores e infecções secundárias, mas o vírus continua no organismo. O gato contaminado tem sobrevida boa se controladas as doenças concomitantes; evitar gatos errantes ou com doenças respiratórias ou infecciosas na mesma casa que o gato com FIV.

 

Vírus da leucemia felina (FeLV) – atualmente uma das doenças mais comuns em gatos.

Causa: Através da saliva de um gato contaminado ou amamentação, através de lambedura na higiene dos gatos que lambem uns aos outros ou na gestação.

Sintomas: Infecções crônicas, anemia, emagrecimento, perda de apetite, diarreia e icterícia.

Prevenção: A conhecida leucemia felina pode ser prevenida mantendo o animal dentro de casa e sem deixar contato com felinos infectados.

Tratamento: Não existe cura, mas os tratamentos com antivirais e imunomodulares pode minimizar os sintomas.

 

Doença Inflamatória Intestinal (DII)

Causa: Não há um agente específico que transmita. A causa é a entrada de células inflamatórias no trato gastrointestinal. O diagnóstico só pode ser confirmado através de biópsia do intestino. É comum em gatos idosos.

Sintomas: Vômitos crônicos, diarreia com sangue, perda de apetite e de peso

Prevenção: Alimentação adequada, preferencialmente úmida.

Tratamento: Dietas balanceadas e medicamentos anti-inflamatórios.

Linfoma gastrointestinal – uma das doenças comuns em gatos

Causa: Geralmente, ocorre em gatos mais velhos e siameses. É um tipo de câncer que se origina de órgãos linfoides sólidos (como nódulos linfáticos, fígado e baço). Principais causas são FelV, convivência com fumantes e doença intestinal inflamatória.

Sintomas: Pode prejudicar o fígado, esôfago e pâncreas. Sintomas comuns são diarreia, emagrecimento, dificuldade em defecar, fezes com sangue e vômitos.

Prevenção: Não há como prevenir, além de manter o gato longe de fumaça de cigarro e de outros felinos com leucemia.

Tratamento: O tratamento depende da gravidade. Nos casos mais leves, podem ser ministrados medicamentos que garantem sobrevida de até 2 anos. Nos mais graves, quimioterapia endovenosa.

Doença do Trato Urinário Inferior – uma das doenças comuns em gatos

Causa: As causas não podem ser bem definidas, mas, em geral, predisposição genética, idade, estresse, alimentação incorreta, infecções bacterianas, pedras no trato urinário e sedentarismo.

Sintomas: Sangue na urina, dificuldade em urinar ou aumento na frequência urinária, micção em locais atípicos e obstrução na uretra.

Prevenção: Evitar confinamento, sedentarismo e investir em uma dieta balanceada, principalmente envolvendo rações úmidas.

Tratamento: Reposição de fluídos perdidos e controlar a alimentação.

Retroviroses

Causa: As principais causas são a FIV e a FeLV.

Sintomas: Perda de peso, apatia, perda de apetite, infecções e demais problemas no intestino, tumores, gengivite, anemia, alterações neurológicas e mudanças de tratamento.

Prevenção: Manter o gato dentro de casa.

Tratamento: A retrovirose não tem cura, mas os sintomas podem ser controlados através de medicação.

Diabetes

Causa: Elevado nível de glicose no sangue.

Sintomas: Aumento do volume urinário, ingestão em excesso de água, perda de peso e aumento no apetite. Comum em gatos obesos.

Prevenção: Controle de peso.

Tratamento: Tratamento através de uso de insulina e dieta equilibrada.

 
Herpesvírus felino – uma das doenças comuns em gatos

Causa: É transmitida através do vírus da herpesvirus felino 1. É comum em ambientes com grande quantidade de gatos.

Sintomas: Espirros, secreções nasal e ocular, úlceras de córnea e falta de apetite.

Prevenção: Separação de gatos contaminados, vacinação adequada e evitar situações de estresse.

Tratamento: Não há um tratamento específico. Podem ser ministrados antibióticos e imunomodulares.

 

Insuficiência Renal Crônica

Causa: Inflamações, cistos ou a alteração natural dos rins

Sintomas: Os sintomas são discretos e aparecem lentamente. As consequências mais comuns são cálculos renais, infecções urinárias, aumento de ingestão de líquidos, aumento de volume urinário, vômito, apatia, diarreia, ulcera, desidratação e emagrecimento.

Prevenção: Administração de dieta úmida desde filhote.

Tratamento: Não tem cura, mas os sintomas podem ser amenizados e as consequências retardadas.

 

Como evitar as doenças comuns em gatos?

Para evitar que seu pet sofra com qualquer uma dessas doenças comuns em gatos, o recomendado é visitar frequentemente veterinários. De seis em seis meses, procure um especialista para fazer o check-up. Anualmente, devem ser realizados exames de urina, sangue e ultrassom para garantir a saúde e qualidade de vida do animal.

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